Entenda o que é violência simbólica

Violência simbólica é um conceito social elaborado pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu e aborda uma forma de violência exercida pelo corpo sem coação física, causando danos morais e psicológicos. É uma forma de imposição determinada, seja esta econômica, social, cultural, institucional ou simbólica.

A violência simbólica está aliada nas crenças e no processo de socialização, induzindo o indivíduo a se posicionar no espaço social seguindo critérios e padrões do discurso dominante. Ela é manifestada através do reconhecimento da legitimidade do discurso dominante, um meio de exercício do poder simbólico.

Violência simbólica

Para o sociólogo francês, Pierre Bourdieu, os seres humanos possuem quatro tipos de capitais:

1. O capital econômico, a renda financeira;

2. O capital social, suas redes de amizade e convívio;

3. O cultural, aquele que é constituído pela educação, diplomas e envolvimento com a arte;

4. O capital simbólico, ligado à honra, o prestígio e o reconhecimento.

É através justamente através desse último capital que determinadas diferenças de poder são definidas socialmente, onde as instituições e indivíduos podem tentar persuadir outros com suas ideias. A violência simbólica se dá pela falta de equivalência desse capital entre as pessoas ou instituições.

A violência simbólica pode estar presente nos trajes de festa e uma roupa que você usa em determinado evento, em questões raciais, no corpo da mulher, etc.

Os pesquisadores das universidade de Yale e da California, durante a década de 1970, indicaram a existência do racismo simbólico, no qual o conceito se baseava no fato de que uma das vertentes do preconceito racial era apoiada na crença de que os negros violavam os valores da ética protestante do povo norte-americano.  Aqui no Brasil, uma forma de violência simbólica está no uso dos estereótipos relacionados aos negros e manutenção da ordem social e simbólica. 

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A violência simbólica também está ligada na mulher e a sociedade patriarcal, onde espera-se que o homem tenha o capital maior do que o da mulher, independente do tipo. Julga-se que a a mulher é incapaz de ocupar determinados cargos, ganhando assim salários mais baixos em mesmos cargos que homens. Também consideram que elas devem ganhar menos porque engravidam.

A dominação masculina sobre o corpo da mulher também está presente e pode ser refletida nos casos de feminicídio, assassinato de mulheres pela razão de ser mulher. O crime é mais uma forma de mostrar a existência de uma noção de superioridade do homem, que acreditam que têm a propriedade sobre o corpo da mulher e por considerarem que não têm nada a perder.

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